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Brasília, 15 de fevereiro de 2009.

O BOM COSTUME DE CONGREGAR-SE EM UMA IGREJA LOCAL

  O termo grego ekklesia, antes de ser incorporado ao vocabulário cristão, era utilizado para referir-se a uma assembleia (Atos 19.37). Ele passou a ser a tradução para a palavra hebraica qahal que representa a mesma ideia (Sl 22.22).
  Na comunidade cristã, ekklesia tanto é utilizada para referir-se ao grupo de salvos por Cristo Jesus em todo o mundo como para designar um grupo de cristãos que se reúnem regularmente em algum lugar (Tito 1.5).
  Até por falta de alternativa, no princípio os cristãos de cada região se reuniam na casa de um deles (At 12.12; Rm 16.5; Fm 2). Naturalmente, essa alternativa tem suas vantagens e desvantagens.
  Uma igreja local que se fundamenta nos princípios da Palavra de Deus é sempre uma bênção, independentemente do tipo de instalação que utilize. Podemos apontar, pelo menos, as seguintes utilidades:
  1. Fornecer condições básicas para que os novos cristãos, gerados em seu próprio seio ou não, recebam os primeiros ensinamentos acerca da fé que abraçaram. A isto se chamar de “discipulado básico” (Mt 28:19,20).
  2. Fornecer condições básicas para que os cristãos mais maduros ministrem-se uns aos outros. Pode-se chamar isso de “discipulado contínuo” (Atos 21.16; Cl 3.12-17).
  3. Fornecer condições básicas para que se possa vivenciar o único tipo de cristianismo válido: o cristianismo comunitário (I Co 11.17-34; 12.12-31; I Ts 5.14, 15).
  4. Dar segurança aos membros, impedindo que esfriem na fé ou que “escorreguem” para as heresias (Hb 10.24-26).
  5. À medida que uma congregação cresce numericamente e se aperfeiçoa, ela pode exercer um trabalho de evangelização e discipulado mais amplo. Congregações podem unir-se, formando “campos”, “distritos”, “convenções”, “denominações”, etc, o que lhes dará condições de fazer um trabalho evangelístico e de discipulado ainda mais amplo, alcançando regiões mais distantes. Foi assim que o Evangelho chegou até nós (II Co 11.8).
  Portanto, é altamente vantajoso integrar-se, e integrar-se mais fortemente possível, a uma congregação. Primeiro porque, assim se pode receber a ajuda dos outros membros da congregação, conhecendo e sendo conhecido (veja Rm 15.1,2). Em segundo lugar, porque em seu seio, cada um dos membros pode desenvolver e exercitar os talentos que tenha recebido de Deus (Rm 12.6-8). É sempre bom servir a Deus servindo ao próximo, com todas as implicações disso (Salmo 100; Gl 5.13, 14).
  Quando nos integramos a uma igreja local, contribuímos para que ela cumpra o seu papel, somando para o crescimento do reino de Deus na Terra (At 13.1-5; I Ts 1.8). Foi por isso que o Espírito Santo inspirou alguém para que nos recomendasse:

“E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele dia”. (Hebreus 10.24,25)