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Brasília, 8 de julho de 2007.

LEVANDO NA ESPORTIVA

  Uma das coisas que mais chamam a atenção das pessoas hoje em dia são os esportes. A imprensa está sempre dando cobertura a diversas competições, tais como campeonatos regionais, nacionais, e mundiais. Cada país tem seus esportes favoritos e os seus heróis, sendo que estes, não raro, acabam obtendo renome internacional e salários milionários.
  Há muitas pessoas que vivem para os esportes. Isso não é bom, como não é bom ter nada nesta vida como um fim em si mesmo. O grande objetivo da vida de qualquer um de nós deve ser glorificar ao Deus que nos criou. Todas as coisas que fizermos devem ser meios para alcançarmos esse objetivo final.
  Os antigos gregos eram fanáticos pelos esportes. Esse fanatismo acabou contaminando todos os povos, mesmo na época do império romano. Talvez Timóteo, um cristão muito consciente, mas também muito jovem, corresse o perigo de colocar os esportes num grau de prioridade superior à de sua dedicação ao Evangelho. Por isso o apóstolo Paulo lhe escreveu “… o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir” (I Tm 4.8). Evidentemente, Paulo não está dizendo que a prática dos exercícios físicos não tem o seu valor e sim que os cuidados com a vida espiritual são muito mais importantes. Hoje em dia, até que exercer atividades físicas é mais relevante do que naquele tempo, uma vez que a vida moderna tende muito ao sedentarismo, o que é prejudicial à saúde. Assim, para a maioria das pessoas, praticar esportes ou exercitar-se de outra maneira, é até necessário.
  O mesmo apóstolo Paulo que advertiu contra o perigo de se superestimar a importância dos exercícios físicos, disse que há certas coisas que todos os cristãos devem aprender com os atletas. Uma delas é ter alvos para a vida, assim como os atletas estabelecem metas para o seu desempenho. Todos eles querem ser campeões dentro da categoria esportiva a que se dedicam, de preferência quebrando recordes. O cristão, também, precisa ter um alvo e lutar por ele. O alvo maior é chegar ao final da vida, seja lá quando isso acontecer, em plena comunhão com o Senhor. O depoimento do apóstolo foi este: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em seu Filho Jesus” (Filipenses 3.13, 14).
  Outra coisa que, segundo o apóstolo Paulo, precisamos aprender com os atletas, é a autodisciplina. Assim nos escreveu ele, em I Coríntios, capítulo 9, versos 24 a 27: “Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; mas o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois, eu assim corro, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”.
  Ninguém é campeão por acaso. Por trás de cada medalha recebida estão horas e horas de treinamento, sacrifício de muitos prazeres desfrutados pelas pessoas comuns, disciplina rígida no comer, dormir e em tudo o que afete o desempenho corporal e a concentração da mente. E tudo, como diz o apóstolo, para alcançar “uma coroa corruptível”.
  A vida cristã corresponde ao chamamento para conquistas de valor eterno. Nenhum sacrifício é vão, neste caso. Vale a pena todo o esforço, vale a pena toda a renúncia, vale a pena todo o sofrimento. Esforcemo-nos, pois. Mantenhamos uma vida disciplinada. Não é errado que programemos nossa vida para que tenhamos o horário adequado e o tempo disponível para orar, ler a Bíblia, vir à igreja, participar das atividades que promovem o Reino de Deus. não. Não é errado. É necessário. Afinal, o que está em jogo não é uma simples medalha: é a nossa felicidade temporal e eterna.

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