Brasília, 3 de junho de 2007.
“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
Segundo o relato de Lucas, no livro de Atos, as últimas palavras proferidas pelo Senhor Jesus, antes de voltar para o céu, foram as que estão escritas acima (veja Atos 1.9).
Ao descer sobre os primeiros cristãos, no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4)o Espírito Santo assumiu o comando da Igreja. Afinal, Ele é o “outro consolador” que Jesus anunciou como Aquele que ficaria conosco para sempre (João 14.16). Então, Ele veio para conduzir a Igreja de acordo com um plano previamente traçado, descrito em Atos 1:8, e a virtude que Ele dá à Igreja é, justamente, para que Ele cumpra esse plano.
Como não poderia deixar de ser, o plano que a Trindade Divina começou para a expansão da Igreja no mundo é muito inteligente. Tudo deveria começar em Jerusalém, a cidade onde o Salvador morreu, ressuscitou e subiu para o céu. As primeiras pessoas converter-se-iam a Cristo ali e formariam a estrutura para que o Evangelho pudesse expandir-se para outros lugares. A expansão começaria pela Judeia, a região contígua à cidade de Jerusalém, depois avançaria para Samaria, região fronteiriça à Judeia, e com as experiências obtidas até então e com os recursos humanos e materiais acrescentados, poderia chegar até “aos confins da terra”. A estratégia divina para a expansão do Reino de Deus na Terra continua sendo aplicada ao longo dos séculos e em todos os lugares.
A Assembleia de Deus da L2 Sul, por exemplo, logo depois de ser estabelecida na Capital Federal, nossa “Jerusalém”, começou a expandir o seu trabalho pelo Distrito Federal, que corresponde a nossa Judeia. Nossas primeiras congregações foram fundadas aí mesmo. Muitas delas já são hoje igrejas autônomas e estão se expandindo, seguindo a mesma estratégia estabelecida por Deus para a Igreja ao princípio.
Depois que alcançamos a Judeia, avançamos para “Samaria”. Samaria, para nós, é a região Geoeconômica do Distrito Federal. Nessa região, igualmente, estabelecemos congregações entre as quais também já há igrejas autônomas que seguem sua vocação evangelizadora.
Com pouco mais de dez anos de fundada, a Assembleia de Deus da L2 Sul já estava marcando presença fora das fronteiras do Brasil. A essa altura já nos sentíamos avançando para “os confins da Terra”.
Estabelecemos nossa primeira igreja fora do Brasil num país fronteiriço ao nosso, no Uruguai. Lá estão quatro igrejas cuja existência se deve, de maneira direta ou indireta, à nossa ação evangelizadora.
O Uruguai foi o “trampolim” para que alcançássemos a Argentina. Aí temos três igrejas estabelecidas.
As experiências que adquirimos no Uruguai e na Argentina nos deram condições de avançar para a Europa e, logo depois, para os Estados Unidos.
Geográfica e culturalmente, as maiores distâncias que temos a percorrer é para a África, Ásia e Oceania. Pela graça de Deus, já estamos trabalhando entre os povos de todos esses continentes, exceto na Oceania. Estamos, de fato, atuando nos “confins da terra”.
Como pastor desta igreja, participante direto de todos os seus empreendimentos missionários, estou convicto de que as bases missionárias que estamos estabelecendo, com muito sacrifício, mas também com muito amor, na Europa e nos Estados Unidos, além do grande valor que já têm em si mesmas, hão de desempenhar um papel muito importante em nosso avanço e na consolidação de nosso trabalho na Ásia e na África. Dessa esperança tenho extraído forças e coragem para enfrentar as agruras, as angústias e os perigos inerentes a esses empreendimentos de fé e amor. Por isso faço minhas as palavras do apóstolo Paulo, registradas em II Tessalonicenses, capítulo 3, verso 1º:
“No demais, irmãos, rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada, como também o é entre vós”.