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Brasília, 13 de maio de 2007.

CORTANDO O FILHO AO MEIO
I Reis 3.26

  Duas mulheres disputavam o mesmo bebê no tribunal do rei Salomão. Uma dizia: “Ele é meu filho”. A outra dizia: “De jeito nenhum! Este é o bebê que eu dei à luz há quatro dias!”. Como se não tivesse nenhum sentimento no coração, o rei mandou partir a criança ao meio e dar uma parte a cada uma das mulheres.
  Um detalhe fez o rei interromper a execução da sentença: a reação das mulheres: uma dizia: “É isto mesmo. Pode cortar. Eu fico com uma metade e ela fica com a outra”. A segunda mulher dizia: “Não, pelo amor de Deus. não matem a criança. Pode entregá-la viva para qualquer pessoa”. Assim, não foi difícil para o rei deduzir quem era, de fato, a mãe do bebê. Tudo isto está escrito em I Re 3.16-27.
  Havia uma outra criança na história que havia morrido de noite, quando a mãe dormira sobre ela. Esta mãe era muito má: havia matado um bebê e agora queria ver a morte de outro.
  Temos ali uma mãe má e uma mãe boa.
  Às vezes eu fico pensando: e se a mãe de índole má fosse a mãe do filho vivo, e a mãe boa fosse a mãe do filho morto?
  A primeira dificuldade seria aceitar que uma boa mãe fosse disputar um filho que não era seu. A mãe ruim queria o filho, não porque o amava, mas para que a sociedade não ficasse sabendo que seu filho havia morrido por causa de sua irresponsabilidade. Ela não estava preocupada com o filho, estava preocupada com sua reputação. Quantas mulheres temos hoje em dia que gostam de parecer que são boas mães, mas não têm um pingo de amor verdadeiro por seus filhos?
  Bem, mas existe o instinto materno. Uma boa mãe poderia querer se aproximar de um filho alheio, movida pelo desejo de exercer a maternidade. Será? Não. Isto também não bate. Uma boa mãe sabe o quanto doeria no coração de outra a perda de um filho. Ela não teria paz sabendo que o coração da outra estaria sangrando de dor.
  As boas mães são solidárias. A alegria que querem para si, também deseja para suas colegas. Em geral, ajudam suas companheiras (algumas até amamentam filhos alheios), repartem o que têm, compartilham até suas experiências.
  Mas vamos imaginar que a mãe boa estivesse com uma vontade tão forte de exercer a maternidade que quisesse o filho de qualquer jeito. Neste caso, quando o rei mandasse partir a criança ao meio, ela não iria aceitar essa solução porque ela implicaria a perda da criança. Não se pode exercer a maternidade com um filho morto.
  Mães boas, mães verdadeiras querem, acima de tudo, o bem-estar de seus filhos. Não se desesperam quando os filhos as deixam para irem estudar em outras cidades, para trabalhar em lugares distantes, muito menos quando se casam.
  Mães boas, mães verdadeiras, intercedem por seus filhos, especialmente quando sabem que eles estão em perigo. O Grande Rei conhece o coração dessas mulheres especiais e não permite que os filhos delas pereçam. A elas e a todas as outras feliz dia das mães.

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