Brasília, 11 de março de 2007.
Dizem que um brasileiro mudou para um país europeu com a intenção de ficar lá definitivamente. Passado algum tempo quando tudo aparentemente ia muito bem com ele, nosso patrício resolveu voltar para o Brasil. Perguntaram-lhe a razão de estar indo embora e ele respondeu: “Quando eu cheguei neste país, a prática do homossexualismo era reprimida. A partir de certo tempo, ela passou a ser tolerada. De certa época pra cá, o homossexualismo vem sendo incentivado. Estou voltando para o Brasil antes que seja obrigatório”.
Seria cômico se não fosse trágico.
Agora estamos presenciando o nosso próprio país seguindo o mesmo caminho. O pior é que, aparentemente, o mesmo está acontecendo com um grande número de países do mundo.
A primeira coisa a considerar nessa história é a seguinte: segundo a Bíblia o homossexualismo é veemente condenado por Deus. Vejam por exemplo, as seguintes passagens bíblicas: Gn 19.5-13; Lv 18.22; 20.13; Dt 23.17; Rm 1.26-28; I Tm 1.9,10. Como se vê, aquela prática é condenada tanto no Antigo como no Novo Testamento. Se a Bíblia a condena, considerando-a como uma abominação aos olhos de Deus, um cristão não pode ser condescendente com ela. A Bíblia é a nossa regra de fé e conduta. Não se pode ser cristão de verdade, vivendo em conflito com o que ela ensina.
Agora vamos ao segundo ponto. A mensagem central do Evangelho é a necessidade de o ser humano reconhecer seu estado pecaminoso e arrepender-se de seus feitos. A pregação de João Batista, o precursor de Jesus, era esta: “Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos céus” (Mateus 3.2). Quando a voz de João silenciou, Jesus “veio para a Galileia, pregando o evangelho do Reino de Deus e dizendo: O tempo está cumprindo, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Marcos 1.14, 15). Depois que Jesus voltou para o céu, os apóstolos pregavam: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados…” (Atos 2.38). Ora, quem não tem pecado não precisa arrepender-se. Quando se começa a dizer “homossexualismo não é pecado”, “prostituição não é pecado”, “mentira não é pecado”…o que se está passando é a ideia de que o evangelho é desnecessário. Tudo não passa de uma artimanha diabólica para manter as pessoas na escravidão do pecado.
O terceiro ponto é um alerta acerca da sagacidade do inimigo de nossas almas. Certas cabeças, perversas, mas muito inteligentes, estão conseguindo induzir a sociedade a pensar que “os que fazem opção pelo homossexualismo” são um grupo social minoritário que deve ser tratado como qualquer segmento oprimido pelos que são maioria. Há, até, quem queira que eles sejam considerados como uma raça, uma etnia. De uma forma ou de outra, qualquer rejeição ao estilo de vida deles seria considerada como preconceito ou racismo. Então, condenar o homossexualismo passaria a ser algo ilegal. Mais tarde, condenar qualquer tipo de pecado seria crime. Pronto: pregar o evangelho passaria a ser proibido por lei. É ou não é uma artimanha infernal? Deus tenha misericórdia de nossa gente!
Quero terminar dizendo mais duas coisas. Uma: o povo de Deus precisa combater em oração para que a mentira não prevaleça e a artimanhas do diabo caiam por terra. Duas: nada do que eu disse até agora significa que odiemos os homossexuais. Nós abominamos a prática do pecado, porque Deus também abomina, mas amamos aos pecadores, porque Deus também ama. Isso está bem enfocado em Isaías 55.7:
“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar”.