plv0427

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Brasília, 12 de março de 2006.

“Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei e não te entremetas com os que buscam mudanças (Provérbios 24.21)”.
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento…” (Romanos 12.2).

  Parece que, na vida cristã, estamos sempre vivendo o conflito entre manter as coisas antigas e buscar coisas novas, entre o conservadorismo e a renovação. O que gera o conflito é a constatação de que o conservadorismo tende à estagnação, enquanto que o renovacionismo tem consigo o perigo de perdas indevidas e irrecuperáveis.
  Como tudo na vida, a solução do conflito está na busca do equilíbrio. Nem conservadorismo que nos leve a carregar nas costas velharias que já não servem de nada, nem inconformismo que nos conduza a trocar seis por meia dúzia ou a trocar o bom pelo ruim.
  O fato de ser novo não garante a superioridade de nada. O novo pode ser bom e pode ser ruim. Este é um fato. Outro fato é que há muitas coisas apresentadas como novas por aí e que são mais antigas do que andar a pé. O rótulo é novo, mas o conteúdo é velho. Há ainda outro fator a ser levado em conta: há coisas que são realmente novas, mas que estão vindo misturadas com velharias. Possivelmente, vai acabar prevalecendo o que é velho e ultrapassado.
  Nos Arrais cristãos há sempre os que defendem a conservação de tudo com unhas e dentes. Outros serão sempre falando em mudanças e lutando por elas, sejam boas ou ruins. E há coisas velhas com rótulo de novas e outras realmente novas, mas misturadas com velharias.
  Ultimamente tem-se falado muito no uso de pequenos grupos de comunhão e/ou de trabalho como estratégia para o envolvimento de congregações inteiras em projetos de interesse comum e também para a conquista de gente nova para a comunidade. Até aí, tudo bem. E, diga-se de passagem, não há nada de novo nisso, embora não deixe de ser salutar o resgate de algo bom que andava um tanto esquecido. Agora, o que tem sido muito ruim é certas aberrações e até certas heresias que estão vindo junto com isso. Criar muitos grupos, mobilizar muita gente para viver um cristianismo sem consistência, voltado só para as coisas terrenas, e ainda por cima eivado do emocional exagerado, não vale nada.
  Enfatizemos: o uso de grupos pequenos para cultivo da comunhão e para servir ao Senhor não precisa vir acompanhado de heresias ou distorções. Outro ponto importante: os grupos não precisam ter todos, uma cara nova. Eles podem ser classes da Escola dominical, grupos vocais e instrumentais, equipes de evangelismo, dirigentes e participantes de cultos em lares, líderes e participantes de qualquer outro tipo de atividade na igreja. O importante é que se busque o cultivo de atividade na igreja. O importante é que se busque o cultivo da comunhão e a junção de esforços para o crescimento do Reino de Deus.

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