Brasília, 20 de fevereiro de 2005.
O governo brasileiro elaborou recentemente um projeto de reforma universitária que tem dado o que falar. A polêmica refere-se à reserva de vagas nas universidades públicas para estudantes oriundos de escola pública, negros e índios. São as famosas “cotas universitárias”, através das quais metade das vagas estariam destinadas aos grupos já mencionados.
A intenção do governo é reparar injustiças cometidas pela sociedade brasileira no passado. Por outro lado, quem não pertence aos grupos contemplados pelas cotas sente-se injustiçado no presente. E a discussão está armada.
Não é nossa intenção aqui, julgar essa ou outra qualquer ação do governo. Nossa preocupação é espiritual. Então, passando ao largo do problema universitário brasileiro, mas pensando na questão das cotas, perguntemo-nos: Será que Deus estabeleceu certo número de vagas para determinados grupos raciais ou sociais em seu reino? Certamente que não. Observemos os seguintes textos bíblicos:
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”. (Marcos 16.15)
“Porque para com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2.11)
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; pois todos vós sois um em cristo Jesus”. (Gálatas 3.27,28)
“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens.”
(Tito 2.11)
Como podemos ver nos textos citados acima, não existem “cotas celestiais”. Deus quer que todos os seres humanos, de todos os povos, conheçam e se beneficiem da salvação perfeita e gloriosa.
Nós, como Igreja do Senhor Jesus, precisamos ter cuidado para não estabelecer cotas por nossa conta. Nenhum povo deve ser privilegiado por estar mais próximo ou mais longe de nós. Nem por ser mais diferente, ou mais simpático, ou de mais fácil acesso. Devemos amar a todos, como o próprio Deus ama. Não nos esqueçamos de que o “Texto Áureo” da Bíblia é João 3.16:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito; para que todo aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha vida eterna”.