Brasília, 2 de janeiro de 2005.
O dia 1º de janeiro é chamado de “O dia da confraternização universal”. É feriado em todo o mundo. É justo que seja assim. É bom que as pessoas comecem o ano se confraternizando, promovendo a harmonia, oferecendo companheirismo, abertas ao diálogo, ao perdão, à tolerância.
Confraternização vem de “Fraternidade” que, por sua vez, vem da palavra latina “Fraternitate” que significa “Parentesco de irmãos, irmandade”. Então, confraternização quer dizer “viver como irmãos”. Claro que aí se pressupõe viver como bons irmãos, como pessoas que se amem e se sintam profundamente comprometidas umas com as outras.
Eu penso que ao se instituir uma data para a Confraternização Universal o que se deseja é que os seres humanos de todo o mundo se vejam como irmãos. Assim, eles serão mais solidários uns com os outros, terão mais respeito uns para com os outros e, em consequência, todos viverão melhor. A ideia é boa, merece aplauso e apoio.
O feriado da Confraternização Universal já deve ter produzido bons frutos. Deve estar ajudando no sentido de que tenhamos um mundo menos hostil, menos injusto, menos egoísta. E se mais não consegue, é porque, na verdade, os seres humanos se recusam a ver-se como irmãos. Para começo de conversa, ser irmão significa ter a mesma origem, mesmo pai e/ou mesma mãe. Aí as coisas começam a se complicar.
Boa parcela da raça humana acredita que veio do nada. Pensa que não tem pai nem mãe. Seriam produtos do acaso. Eles próprios se veem como animais iguais aos representantes das demais espécies. Claro que o sentido de irmandade para essas pessoas é muito superficial.
Uma outra grande parcela da humanidade voluntariamente se filia a pais (deuses) que são mentirosos, desonestos, cruéis, egoístas, horrorosos. Quem tem um pai assim, no máximo vai tratar seus “irmãos” do jeito que é tratado por ele. O referencial é o pai.
Os cristãos são ensinados por seu Mestre que têm um Pai Celestial, bom, sábio, justo e misericordioso. Isso tem duas consequências básicas: primeira, devemos tratar bem a todas as pessoas. Jesus nos diz: “Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus, porque faz com que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5.44,45).
Segunda consequência de sabermos que temos o Pai bom que temos: precisamos conscientizar as pessoas de que elas podem andar com esse Deus, podem ter com Ele um relacionamento de filhos para Pai e com as demais pessoas humanas como irmãs. Assim, promoveremos a verdadeira Confraternização Universal.