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Brasília, 3 de outubro de 2004.

O OLHO DA CARA

  Naás, rei dos amonitas, sujeito mau e arrogante, queria que todos os moradores da cidade de Jabes-Gileade se submetessem ao terrível castigo de terem o olho direito arrancado. Com isso o perverso Naás importa cinco tipos de sofrimentos às suas vítimas: em primeiro lugar, a dor física imediata, segundo, a deficiência que as acompanharia pelo resto da vida; terceiro, a dor moral que incidiria sobre cada indivíduo; quarto, a desmoralização de toda a Jabes-Gileade, que poderia passar a ser chamada de “a cidade dos caolhos”; e quinto, a desmoralização de todo o país de Israel, ao qual pertencia aquela gente. O detalhe de que todos os moradores da cidade tivessem o olho direito arrancado foi determinado bem a propósito. E olhe que, no entender de Naás, aquela era uma pequena exigência para que aqueles pobres coitados tivessem o privilégio de seres seus servos.
  O relato está em I Samuel 11.1, 2: “Então subiu Naás, amonita, e sitiou a Jabes-Gileade. E disseram todos os homens de Jabes a Naás: Faze aliança conosco, e te serviremos. Porém Naás, amonita, lhes disse: com esta condição farei aliança convosco: que a todos vos arranque o olho direito; e assim ponha esta afronta sobre todo o Israel”. Era uma aliança que custava o olho da cara!
O jeito de o diabo agir é o mesmo de Naás. Quem se submete ao senhorio dele sofre dores físicas imediatas, fica desfigurado, deficiente e desmoralizado. Os familiares e outras pessoas que se relacionam com a vítima também são afetados sendo que, muitas vezes, também sofrem humilhações. E, quem, consciente ou inconscientemente, entra em tal “aliança”, é acometido de tal cegueira que fica com a sensação de que ainda está devendo favor.
  Diante da proposta de Naás, os homens de Jabes-Gileade ficaram numa situação muito difícil. A resposta deles foi: “Deixe-nos por sete dias, para que enviemos mensageiros por todos os termos de Israel e, não havendo ninguém que nos livre, então sairemos a ti (verso 3)”. Para a felicidade deles, o Espírito de Deus operou na vida de um homem chamado Saul, e lhes deu livramento.
  Ninguém precisa se submeter à escravidão do diabo. Deus já nos deu um Libertador. Esse Libertador, certa vez, disse: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração. A apregoar liberdade aos cativos e dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; e a anunciar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18, 19). Sabe o nome desse Libertador? É Jesus!
  Jesus livra as pessoas da opressão do Naás deste tempo. O Naás de outrora foi vencido por Saul. A Bíblia diz que aquele libertador e seus comandos “vieram ao arraial pela vela da manhã, e feriram a Amom até que o dia aqueceu; e sucedeu que os restantes se espalharam que não ficaram dois deles juntos” (I Samuel 11.11). O libertador de hoje, Jesus, já enfrentou o opressor, cara a cara, e o venceu. Agora, depende de cada um de nós recebermos sua libertação. Se aceitarmos as imposições do Opressor, ele nos arranca o olho, desmoraliza, escraviza. Se buscarmos em Jesus a libertação, seremos socorridos. E, mesmo que já estejamos desfigurados e aleijados, Ele nos restaurará, curará. Foi Ele mesmo quem afirmou: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36).

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