Brasília, 1 de fevereiro de 2004.
GANHE E GASTE BEM
Uma das coisas mais características dos judeus é o fato de serem prósperos. Eu, por exemplo, nunca vi um judeu pobre em toda a minha vida, nem no Brasil nem em lugar nenhum do mundo. Dizem também que os judeus são muito sovinas e aproveitadores. Até fazem muitas anedotas disso.
Os próprios judeus fazem piadas sobre si mesmos e riem das que os outros fazem. A verdade é que eles não perdem oportunidades nem jogam dinheiro fora. E trabalham muito. Nós todos temos o que aprender com eles.
Os judeus são o primeiro povo que aprenderam a honrar ao Deus vivo com o seu dinheiro. Com os seus ancestrais e com o seu Livro Sagrado, eles aprenderam que o Senhor não depende de nós, em nada, para viver, mas gosta que consagremos uma parte dos nossos bens para glorificá-lo. Abraão, o patriarca número um dos judeus, foi o primeiro homem a dar os dízimos a Deus (Gênesis 14.18-20).
Além de ensinar sobre os dízimos, a Lei de Moisés contém várias outras lições com respeito a louvar a Deus com os nossos bens materiais. Eu poderia citar vários textos, mas, por agora, desejo que reflitamos sobre Deuteronômio 26.13 e 14: “E dirás perante o Senhor teu Deus: tirei o que é consagrado da minha casa, e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; nada transpassei dos teus mandamentos, nem deles me esqueci. Disso não comi na minha tristeza, nem disso nada tirei para imundícia, nem disso dei para algum morto; obedeci à voz do Senhor meu Deus; conforme a tudo o que me ordenaste fazer, tenho feito”.
A referência ao levita nos faz lembrar do nosso compromisso com a manutenção do culto no templo de Deus. A contribuição para o estrangeiro, o órfão e a viúva é serviço para filantropia.
“Disso não comi na minha tristeza”. Temos a tendência de fechar o coração para Deus e, consequentemente, fechar a mão, deixar de contribuir com os nossos bens, quando estamos tristes. Precisamos ter cuidado com isso. O melhor é não deixar que a tristeza nos envolva, mas, se não conseguirmos evitar, lutemos para que ela não nos induza a ser infiéis ao nosso Deus. Definitivamente, ser infiel a Deus não é um bom negócio.
“Nem disso não tirei para imundícia”. Quem tem comunhão com Deus não gaste seu dinheiro com qualquer “porcaria”. Não gaste seu dinheiro com drogas, nem na prostituição, nem com feitiçaria, enfim, não gaste com nada que seja abominável aos olhos do Senhor.
“Nem disso dei para algum morto”. A questão aí tem a ver com a feitiçaria. Veja como certos rituais sempre levam as pessoas a invocar a presença de quem já morreu, não raro leva-as também a ir aos cemitérios para apanhar terra de sepulturas ou outras coisas pertencentes aos defuntos. O Deus de Israel, o Deus da Bíblia, é um Deus vivo que nos chama para celebrar a vida, não a morte. Cuidado também com a idolatria. Os ídolos são deuses mortos. Na Bíblia, a idolatria é maldita (Salmos 115.4-8; 135.15-18; Isaías 42.17). Se você não quer estar debaixo de maldição, não aplique seu dinheiro na idolatria, nem na feitiçaria.
O trabalho honesto e diligente é louvado na Bíblia. O Livro Sagrado também nos incentiva a ser prudentes e a aproveitar a não desperdiçar e a não aplicar nosso dinheiro indevidamente. Se seguirmos estes preceitos da Palavra de Deus, certamente seremos alvo das bênçãos do Senhor Todo Poderoso.