Brasília, 5 de abril de 2003.
NÚMEROS
Sabe por que o quarto livro da Bíblia se chama Números? Porque ele é cheio de números! Para se ter uma ideia, só no capítulo 7 daquele livro se encontram 245 numerais, fora a numeração do capítulo e dos versículos.
O uso de numerais está associado às ideias de contagem, avaliação, planejamento. Se a Bíblia tem um livro cheio de números é porque Deus considera essas coisas importantes. E, não apenas por causa do livro de Números, mas também por causa de ensinamentos contidos em várias outras partes das Escrituras Sagradas, aprendemos que o Deus Eterno é organizado, trabalha com projetos e gosta da ordem. Quem pensa que ele não liga para a bagunça, trabalha de improviso e não faz avaliações, está muito enganado.
O capítulo 7 do livro de Números, já mencionado, trata de coisas que certas pessoas dedicaram a Deus. Aquelas ofertas estão detalhadamente descritas, numeradas e quantificadas. O Senhor as recebeu e mandou que elas fossem registradas para que nunca mais fossem esquecidas. Deus dá valor a tudo aquilo que lhe ofertamos com amor e com fé. Ele não se esquece de nada. Ele registra tudo. Até um copo d’água que alguém dá a um discípulo de Jesus é computado (Confira em Mateus 10.42).
Nas ofertas feitas a deus descritas no capítulo sete de Números, há vários tipos de substâncias: ouro, prata, madeira, farinha, azeite, incenso e carnes de três espécies de animais. Todas estas coisas que se pode oferecer a Deus. há coisas que ele aceita como oferta e há coisas que ele não aceita. Aprendamos, também, que há muitas maneiras de servir e agradar a Deus. Observando determinados princípios, podemos e devemos variar nossa forma de servir a Deus.
Nas ofertas de Números, capítulo 7, havia coisas que se encontravam em seu estado natural. É o caso dos animais que foram trazidos. Havia itens que passaram por um processo de transformação, como os pratos e bacias de prata, taças de ouro e até da farinha amassada com azeite. Hoje em dia ainda é assim. Há coisas, por exemplo, as nossas orações, que devem ser oferecidas com absoluta simplicidade. Em outras, como na área do cântico e do louvor instrumental, podemos acrescentar nossos talentos e arte.
As ofertas foram trazidas ao lugar apropriado do culto a Deus e entregues aos sacerdotes. Algumas coisas foram por eles queimadas, outras comidas e outras ficaram sendo utilizadas por muito tempo. Isto também tem paralelos no culto cristão. Por exemplo, orações e cânticos começam, terminam e devem ser repetidos posteriormente. Contudo, o nosso ser deve estar permanentemente à disposição do Senhor. Quando recebemos a Cristo como nosso Senhor e Salvador, todo o nosso ser passa a pertencer a ele. Nosso espírito, nossa alma e nosso corpo são ofertas dadas a Deus. Nossa atitude deve ser a do Escritor Sacro, mencionado em Salmo 103.1:
“Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome”.