Brasília, 24 de novembro de 2002.
“Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. II Pedro 2:19
O irmão José Fernandes era um exímio cozinheiro. Certo dia fez um prato de frios que era uma verdadeira obra de arte, combinando sabores e cores de vários legumes. Mas, para ficar perfeito, tinha que ser posto em geladeira por alguns minutos. O problema é que, naquela época, lá em Ceres, interior de Goiás, pouca gente possuía geladeira.
Se em poucas residências havia um refrigerador, não seria na casa do pastor, meu pai, que se encontraria um. Foi então que alguém se lembrou de um irmão que era vereador na cidade, funcionário dos Correios e que, sim, tinha geladeira em casa.
Eu era maiozinho dos filhos de meus pais e, àquela altura, era quem fazia os serviços externos da casa, como acompanhar minha avó aos cultos nas casas dos irmãos, comprar carne no açougue da esquina e levar recados. “Leve esta bandeja com muito cuidado à casa do irmão Fulano e diga que eles devem deixá-la na geladeira por 30 minutos”. Levei a pesada bandeja com a linda comida de frios, bati na porta e, quando abriram, entreguei o que havia levado e dei recado. O povo lá fez uma festa. Ficaram tão felizes!
Meia-hora depois me mandaram buscar o tal prato de frios: “Ih, era para devolver? Meu Deus, que vergonha, nós já comemos uma boa parte daquela comida deliciosa. Só não comemos tudo porque até dava pena destruir algo tão bonito! Ai, ai, ai. Que vamos fazer agora?”.
Foi assim que cheguei em casa com uma espécie de bolo frio, todo esburacado com os desenhos incompletos, para desespero do irmão José Fernandes e daqueles quem a comida realmente se destinava.
Embora tudo não passasse de um mal entendido, a verdade é que a família dona da geladeira acreditou em algo que não era verdadeira. Pensou que alguém lhe havia dado algo tão bonito, tão gostoso, mas não era verdade. Não era para eles. Quem enviou não tinha a intenção de lhes dar.
Quantas pessoas há por aí, alegres, eufóricas, pensando que receberam algo que, de fato não receberam? Quem oferece, promete e até mostra, não tem intenção de dar. Muitas vezes nem têm para dar. É só engano.
Aí estão certos conselheiros, gurus, guias, prometendo felicidade, exigindo pagamento adiantado e, no final, não têm nada para dar. É só ilusão.
O único consolo que temos (e que consolo), é que existe alguém que realmente tem e pode dar tudo aquilo que realmente pode fazer qualquer pessoa humana feliz. Esse alguém é Jesus. Ele afirma: “Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede”.
Milhões têm vindo a Jesus e comprovado que suas promessas são fiéis e verdadeiras. Você já experimentou Jesus?