Brasília, 10 de fevereiro de 2002.
“O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará” Lv 6.13
No sistema de culto dos antigos israelitas havia a queima de animais que eram oferecidos a Deus. Eles não sabiam, mas aqueles sacrifícios apontavam para a morte de Jesus, o Cordeiro de Deus, no altar da Cruz.
O fogo do altar dos sacrifícios tinha que ser mantido aceso continuamente. Dia e noite. Aquilo representava o cuidado do povo com o culto ao seu Deus. não se admitia desleixo. O fogo acesso representava a devoção acesa, o amor aceso.
Para que o fogo do altar fosse mantido aceso, eram necessários dois cuidados básicos: a colocação da lenha cada manhã (Lv 6.12) e a remoção da cinza também diariamente (Lv 6.10,11). Sem lenha o fogo se apagaria por falta de combustível. Cinza em excesso sufocaria o fogo.
A simbologia do fogo também se aplica ao nosso culto a Deus na era cristã. Nós também, hoje em dia, temos que dar atenção contínua ao nosso culto a Deus. o amor que temos para com o Senhor precisa ser mantido aceso continuamente. A “lenha” desse fogo é tudo aquilo que alimenta nossa comunhão com Deus: a oração, a leitura da Bíblia, o louvor e atividades semelhantes.
A cinza representa tudo o que pode sufocar o nosso amor para com Deus: a preocupação excessiva com as coisas deste mundo, o pecado e, até mesmo, o saudosismo estéril. Quando uma pessoa fica presa ao passado, só recordando as experiências já vividas, sem nada fazer para construir o presente e o futuro, essa pessoa está como que “atolada nas cinzas”. Realmente, cinza não combina com uma vida espiritual dinâmica, produtiva, feliz.
Cinza, não. Fogo, sim.