Brasília, 24 de setembro de 2000.
Existem muitos paralelos entre o atletismo e a vida cristã. O apóstolo Paulo refere-se a isto em alguns dos escritos como, por exemplo, em I Co 9.24-27. Coisas como prioridade da carreira, disciplina e perseverança, tão importantes para o atleta também para quem leva a vida cristã a sério.
Determinados incidentes que acontecem nas competições desportivas podem servir também como lição para a vida cristã. Nas atuais Olimpíadas houve uma coisa que me chamou muito atenção.
Num jogo de basquete feminino do qual participava a seleção brasileira, uma de nossas atletas tinha posse da bola nos últimos segundos da competição. Como nosso time estava ganhando, a moça poderia simplesmente manter a bola consigo até se esgotar o tempo. Ou poderia correr em direção à cesta, sabendo que isso não iria levar a nada. Poderia também lançar a bola de qualquer jeito, sem pretensão de acertar. Ou poderia fazer o que fez: caprichar na pontaria e lançar a bola, ainda que estivesse tão longe do alvo. Ela não tinha a obrigação de acertar, mas acertou. Que cesta linda!
Quantas vezes interrompemos o trabalho que estamos fazendo para Deus dizendo que não adianta continuar!? Quantas vezes deixamos de fazer o que devemos, dando a desculpa de que não vale a pena fazer? Quantas pessoas se encontram na “quadra da fé”, mas se comportam como quem não tem nenhum compromisso e, por isso, levam as coisas de qualquer maneira?
Aquela jogadora me fez lembrar Eclesiastes 9:10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças”.