Brasília, 15 de agosto de 1999.
Na semana que passou, uma revista de circulação nacional trouxe como reportagem de capa a que tinha como título “casamento: a hora de investir e a hora de desistir”. Naturalmente, a matéria traz a opinião pessoal de seus autores, nem sempre condizente com os princípios da Palavra de Deus.
Aos participantes do Reino de Deus devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que as uniões conjugais nunca se desfaçam. Entendemos que sempre é “hora de investir”. Investir boa vontade, humildade, renúncia, tempo, dinheiro, oração e jejum. Temos visto Deus operar muitos milagres nessa área. Casamentos que pareciam não ter mais jeito foram “ajeitados”, restaurados, ressuscitado até. E tem mais: há muitas situações que são consideradas irreversíveis e, na verdade, não são.
Por outro lado, nosso desejo de que as uniões conjugais nunca se acabem não pode nos cegar a inteligência. É preciso ter em mente que o casamento é uma relação bilateral. Se uma das partes não quer permanecer casada, o que é que a outra parte pode fazer? Nem Deus obriga uma pessoa a ficar junto de outra se ela não quiser. Aliás, Deus não obriga ninguém a fazer nada. Deus sempre respeitou e respeita o livre arbítrio das pessoas. Em I Coríntios, capítulo 7, verso 15, por exemplo, está escrito: “mas se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou a irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz”.
Para terminar, acima de tudo precisamos entender que a igreja é como um hospital. Aqui é o lugar ideal para as pessoas serem tratadas e curadas. Aqui todos são bem-vindos e precisam ser tratados com amor. Nosso exemplo maior é o de Jesus que disse: “os sãos não necessitam de médico, mas sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores” (Mc 2.17).