Brasília, 18 de julho de 1999.
As últimas pesquisas de opinião pública indicam que o nosso Presidente da República tem os mais baixos índices de aprovação desde que foi eleito. Os comentaristas são unânimes em dizer que isso se deve ao alto nível de desemprego pelo qual passa o país e a outros problemas de ordem social que, no entender da maioria da população, não têm sido adequadamente administrados pelo governo.
Quem está desempregado ou subempregado tem bons motivos para estar descontente. Quem vê crianças perambulando pelas ruas, mendigando, sendo prostituídas e expostas a todo o tipo de degeneração moral e social, quem sofre os problemas da violência urbana, quem vê a propriedade alheia sendo desrespeitada e não vê solução para essa situação em curto prazo, tem toda razão de estar preocupado.
Quem tem comunhão com Deus pode se preocupar, mas não desesperar-se. Pode querer mudanças, mas não pode deixar se enganar por falsas promessas nem tão pouco imaginar que problemas antigos e profundamente arraigados na sociedade podem ser resolvidos da noite para o dia. Muito menos pode admitir que os problemas de um país se resolvam suprimindo a liberdade, desrespeitando a propriedade privada e semeando o caos. A situação do Leste Europeu, com cuja reconstrução espiritual estamos colaborando, nos mostra claramente isso.
Oremos e façamos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a situação do nosso país melhore muito. Tenhamos a paciência de esperar que se façam, pelas vias democráticas, as reformas de que o nosso querido Brasil necessita e que essas reformas surtam os efeitos desejados. E olhemos para o futuro com esperança.