Santos Drumont, o Pai da aviação, suicidou-se no dia 23 de julho de 1932. Viveu muito deprimido os últimos anos de sua vida, especialmente por ver o avião sendo utilizado como arma de guerra no conflito mundial que durou de 1914 a 1918. A gota d’água para ele foi saber que o avião estava sendo empregado também na revolução paulista de 1932. Lamentavelmente o avião passou a ser utilizado mais e mais e com uma capacidade cada vez maior na destruição de vidas humanas, bastando lembrar que as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagazaqui, no Japão, em 1945, causando a morte de 120 mil pessoas, partiram de um avião norte-americano.
Felizmente o avião não tem sido utilizado apenas como arma de guerra, nem tem sido o seu uso principal. O avião hoje é utilizado na agricultura, no transporte de carga e de passageiros, numa escala tal que é impossível imaginar como seria a vida na terra hoje sem ele. Sem o avião a própria evangelização do mundo seria muito mais difícil.
O avião é responsável por muitas mudanças que têm acontecido no mundo, algumas delas verdadeiramente incríveis. Graças ao avião e aos fusos horários, é possível sair de um lugar um dia e chegar ao destino no dia anterior. É isso mesmo: no dia anterior. Dizem até que uma pessoa dentro de um avião supersônico, disse para seu vizinho de poltrona: “A viagem vai ser maravilhosa, não foi?”. Mas, falando sério, muitas vezes alguém leva um parente ou amigo ao aeroporto e, antes que ele chegue de volta à sua casa, o viajante já chegou a outro Estado ou até mesmo em outro país.
Hoje em dia nós encaramos uma viagem de avião com a maior naturalidade. No entanto, por mais que se tenham aperfeiçoado as aeronaves e os equipamentos para controle de voos, a verdade é que uma viagem aérea é sempre um ato de fé. Pense bem, a aeronave em si já pesa dezenas de toneladas. Acrescenta-se a isso o peso dos passageiros e mais o da bagagem. Você não entende nada de aviação, não conhece o piloto, geralmente nem sabe quem é ele, no entanto acredita que aquele “monstro” vai se elevar do chão, subir vários quilômetros acima do solo, cruzar o espaço e pousar exatamente no lugar aonde você quer ir. Isso é ou não é fé? Não estou dizendo isso para amedrontar ninguém. Eu mesmo gosto muito de viajar de avião. Não só por saber que o avião é um dos transportes mais seguros que existem, como por saber que quem dirige o avião é o piloto, mas quem o sustenta é o meu Deus. Além do mais, minha vida está nas mãos do Senhor; na hora que Ele quiser interrompê-la aqui neste mundo, Ele o fará independentemente do lugar onde eu esteja.
Viajar de avião é um ato de fé natural. A fé em Deus é espiritual. No entanto, os princípios que regem a ambos esses tipos de fé são só mesmos. Você viaja de avião porque confia no aparelho, no piloto, no pessoal da manutenção e no pessoal do tráfego aéreo. Se não confiasse, você não viajaria. Fé é confiança. Fé em Deus é confiança em Deus. Agora, embora a gente não conheça o piloto, não entenda nada de aeronaves e ignore completamente o funcionamento do controle de tráfego aéreo, nós viajamos de avião por causa de certos conhecimentos que temos conosco. A gente sabe que as companhias aéreas selecionam bem seus pilotos, a gente sabe que muita gente tem viajado por via aérea sem que nada de mal acontecesse com elas, e assim por diante. Então, a gente confia naquilo que conhece, de maneira direta ou indireta. Fé se fundamenta em conhecimento. Muitas pessoas não confiam ou confiam menos do que deveriam em Deus, porque não O conhecem. Quem conhece a Deus confia em Deus. Quem quiser ter mais fé em Deus, procure conhecê-lo melhor.
Agora amigos, os aviões demoram a cair, dizem as estatísticas, mas de vez em quando um cai. Porém o verdadeiro Deus jamais falha. A probabilidade de acontecer um erro da parte d’Ele é de zero por cento. Você pode confiar inteiramente n’Ele. Ele conduzirá você em segurança através de todas as turbulências da vida. Assim diz a Palavra do Senhor, em Isaías 50:10: “Quando há entre vós que tema a Jeová, e ouça no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus”.