Certo cidadão, muito valente, encontrou um judeu na rua e, sem nenhuma explicação, começou a espancá-lo violentamente. Logo chegou alguém da “turma do deixa disso” e procurou salvar o pobre judeu de maus tratos tão súbitos e inexplicáveis. O valentão procurou logo justificar sua ação, dizendo: “vocês não sabem que ele é judeu e que foram os judeus que mataram Nosso Senhor Jesus Cristo?”. Respondem os pacificadores, “mas meu amigo isso foi há quase dois mil anos atrás”. E o agressor: “Sim, mas só foi ontem que eu fiquei sabendo”.
Bem, esta é uma das estórias engraçadas do folclore evangélico. Mas, por incrível que pareça, tem muita gente por aí querendo mostrar solidariedade a Jesus de maneira tão ou mais infantil que o homem da estória.
Uma maneira coerente de se querer mostrar simpatia para com Jesus é esculpir uma imagem tentando representá-lo em uma cruz e comportar-se como se aquela imagem fosse o próprio Cristo. Jesus foi entregue para ser crucificado porque combatia o procedimento dos religiosos de sua época, que diziam honrar a Deus, mas viviam em desacordo com a Palavra do próprio Deus. Jesus não admitiria a veneração de imagens porque isso era e ainda é terminantemente proibido pelas Escrituras Sagradas. Enfim, foi por causa do combate que Jesus deu à religiosidade divorciada da obediência à Palavra de Deus que os líderes religiosos de sua época o entregaram para ser crucificado. Como é que alguém vai agora querer homenageá-lo adorando uma imagem?
Outra maneira absurda de se querer honrar a Jesus é chorar por sua morte. Ai de nós se Jesus não tivesse sido crucificado! É verdade que para Ele a cruz foi muito triste e dolorosa. Mas, quanto a nós, jamais seríamos salvos se Ele não tivesse padecido. Ele foi preso para que nós fôssemos libertos, recebeu uma coroa de espinhos para que nós pudéssemos receber uma coroa de glória, morreu para que nós tivéssemos vida. Foi por isso que o apóstolo Paulo disse: “Mas, longe esteja de mim, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” Gl 6.14. A cruz não é motivo de choro, é motivo de glória. O hino 291 da Harpa Cristã antiga diz: “Eu me alegro na cruz, dela vem graça e luz, para a minha santificação”.
Mais uma incoerência: comportarmo-nos como se Jesus ainda estivesse crucificado. Já faz dois mil anos que Jesus ressuscitou e tem muita gente que ainda não sabe. Gente, Jesus foi crucificado na sexta-feira, mas ressuscitou no domingo seguinte. Foi por isso que Ele nem precisou comprar uma sepultura. Ele ia passar apenas o fim de semana numa. Aleluia! Cristo ressuscitou, Ele está vivo!
O que difere o cristianismo de todas as outras religiões é exatamente isso. Nosso mestre está vivo. Enquanto Buda, Maomé, Confúcio e todos os outros fundadores das religiões antigas estão mortos e seus restos mortais estão dentro de sepulcros, o túmulo que abrigou o corpo de Nosso Senhor está vazio. Eu estive lá e pude ver que na rocha está escrito o que o anjo falou na manhã da ressurreição. “Ele não está aqui, porque já ressuscitou como havia dito”. O túmulo está vazio. Foi por isso que o cristianismo triunfou contra as oposições que lhe fizeram em todas as épocas. É por isso que o Evangelho chegou até nós: JESUS CRISTO ESTÁ VIVO! Ele chefia pessoalmente o seu povo, Ele está conosco. Jesus nos prometeu: Eis que estou convosco, até à consumação dos séculos. Você quer homenageá-lo? Submeta-se ao senhorio dEle. Receba-o como Senhor e Salvador agora, se ainda não o fez. Adore-o, adore-o em espírito e em verdade, louve-o, sirva-o ao Cristo vivo.