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Estudo Nº 02: SIMILARIDADES E RIVALIDADE ENTRE OS POVOS JUDEU E
ÁRABE: O QUE ISSO ENSINA?
Texto inicial: Gênesis 21.1-13

I – EXPLICAÇÕES INICIAIS
  1. Os judeus são os descendentes de Abraão através de Isaque.
  2. De Isaque descenderam Jacó e seus filhos, inclusive Judá. Os descendentes de Jacó (e de Isaque) passaram a ser chamados genericamente de judeus, a partir do momento em que o reino de Judá ficou sendo o grupo político representante dessa etnia – II Re 17.18.
  3. Os árabes, como os conhecemos hoje, se declaram descendentes de Abraão através de Ismael. Originalmente o termo “árabe” designava uma série de povos nômades, alguns dos quais vieram estabelecer-se na península da Arábia.
  4. Para fins do presente estudo, vamos considerar os árabes como os descendentes de Abraão através do filho que teve com sua serva egípcia Agar (Gênesis, capítulo 16; capítulo 21, versos 14 a 21).
  5. O Islamismo, religião adotada pelos árabes, tem sido disseminada em muitas partes do mundo, havendo casos em que ela passa a ser adotada por nações inteiras. Essas nações, se auto intitulam, então, como nações islâmicas ou mulçumanas. Como o islamismo está fortemente ligado à cultura árabe, acontece de serem estas nações também chamadas de nações árabes, mais em função da religião e da cultura do que pela origem étnica.

II – SIMILARIDADES ENTRE O POVO JUDEU E OS POVOS ÁRABES
  1. Ambos os povos chamam Abraão de “pai”.
  2. Crêem que existe um único Deus, invisível, a quem não devem tentar representar em forma de figuras ou de esculturas.
  3. Como sinal de um pacto que têm com Deus, ambos usam a marca da circuncisão. Na verdade, Ismael foi circuncidado no mesmo dia em que seu pai o foi (Gênesis 17.23-27).
  4. O linguajar e a forma da escrita são similares. Não comem “carne imunda”, guardam uma festa anual muito parecida (Páscoa e Eid-ul-Adha), oram com os rostos voltados para uma cidade sagrada (Jerusalém e Meca), têm um livro sagrado.
  5. Os judeus e uma parte considerável dos árabes consideram a Palestina como seu território e Jerusalém como cidade sagrada. Ambos os povos afirmam que seu patriarca (Isaque e Ismael) quase foram sacrificados no mesmo local: o Monte Moriá (claro, cada um diz que a história do outro é falsa).

III – RIVALIDADES
  1. Cada um dos dois povos se considera a verdadeira “semente de Abraão” e o outro um impostor.
  2. Quando o Estado de Israel foi fundado em 1948, os povos que ocupavam a Palestina eram mulçumanos. Para todos os mulçumanos Israel é um invasor que precisa ser expulso da Palestina. Como a história de Israel está indissoluvelmente vinculada àquele território, está aí um impasse de difícil solução.
  3. Donos da maior parte das reservas de petróleo existentes num mundo tão dependente dos combustíveis fósseis, os mulçumanos têm um poder econômico imenso. Esse poder tem sido utilizado para pressionar o mundo contra Israel.
  4. O crescimento numérico dos mulçumanos, seja biológico, seja pela expansão de sua religião no mundo, também representa uma séria ameaça contra Israel.

IV – ENSINOS
  1. O que manteve a unidade do povo de Israel, a despeito das diásporas dos anos 586 a.C. e 70 d.C. foi a mensagem da Bíblia que esse povo, apesar de suas rebeldias, sempre prezou – Lv 26.27-33, 44-46; II Cr 6.34-38; Ez 36.16-38.
  2. O estabelecimento da nação de Israel, que nos perdoem os árabes, representa o cumprimento de impressionantes promessas bíblicas – Isaias 66.8; Ezequiel, capítulo 37.
  3. Existem várias profecias cujo cumprimento está associado ao restabelecimento de Israel. Então, não há porque duvidar de que essas profecias se cumprirão.
  4. O poder político e econômico, tanto dos judeus como dos árabes, tão surpreendente e tão patente em nossos dias, só encontra explicação na Bíblia – Gênesis 16.10-12; 17.18-22. A Bíblia é, realmente, a Palavra de Deus!
  5. Os fatores mencionados acima também demonstram o quanto Deus é fiel e poderoso. Seu poder e fidelidade não se restringem, apenas, aos povos Judeu e Árabe, mas se estendem a todos os que n’Ele confiam.
  6. O amor de Deus pelos árabes não se limita ao desejo de prosperá-los materialmente. Mais do que tudo, o Senhor deseja a salvação eterna para cada representante desse povo. Não por acaso, havia representantes dos árabes no dia de pentecostes (Atos 2.5-11). A evangelização dos mulçumanos representa o maior desafio para a Igreja dos nossos tempos, inclusive por alguns fatores apresentados aqui. No entanto, se quisermos apressar a vinda de Jesus a este mundo, temos que encarar esse desafio (Mt 24.14).
  7. Se qualquer outro povo estivesse ocupando o local do templo de Jerusalém, poder-se-ia esperar uma possível desocupação negociada. No entanto, as graves rivalidades existentes entre os judeus e os árabes garantem que Jerusalém “será pisada pelos gentios até que o tempo dos gentios se completem” (Lc 21.24). Esse momento está chegando!

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