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PRINCÍPIOS E ALTERNATIVAS PARA O GOVERNO DE IGREJAS

I – PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA A EXISTÊNCIA, RESPEITO, E MANUTENÇÃO DE IGREJAS
  1. Jesus ordenou que seus seguidores fossem por todo o mundo e fizessem discípulos de todas as nações – Mt 28.18-20.
  2. Uma vez que o Evangelho de Jesus Cristo é essencialmente baseado em relacionamentos, as igrejas locais são a única alternativa para se ter um discipulado completo – At 2.37-42; 9.31; 11.20-26; 13.1-3; 14.21-23; 15.40; (todas as epístolas de Paulo).
  3. Os dons espirituais e as virtudes cristãs devem ser exercidos intensamente no seio das igrejas – I Co 14.26-33; Cl 3.5-17.
  4. O modelo bíblico é o de igrejas independentes (autossustentadas e autogovernadas) e interdependentes (mantendo a comunhão entre si) – Cl 4.16; Tt 1.5, 6; Apocalipse, capítulos 2 e 3.
  5. Evidentemente, uma igreja recém-estabelecida depende, em vários aspectos, da igreja mãe. A essas igrejas nós, nas Assembleias de Deus, chamamos de “congregações”.

II – PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA O CRESCIMENTO E EXPANSÃO DAS IGREJAS
  1. A ação do Espírito Santo nos crentes faz com que eles, individual e coletivamente, dêem testemunho de sua fé em Cristo (At. 1.8); isso resultará em novas conversões. Os novos conversos procurarão igrejas em que recebam o discipulado e farão com que essas igrejas cresçam numericamente – At 2.37-41; 4.1-4.
  2. Pelas razões apontadas no subtópico anterior, uma igreja local não tem nem o direito de não crescer e de não se multiplicar.
  3. O crescimento numérico de uma igreja e a geração de novas igrejas sempre acarretam problemas (At 6.1). Contudo, esses problemas fazem parte dos desafios, das oportunidades e do próprio serviço da vida cristã.
  4. Um problema próprio de uma igreja numericamente grande: pouca interação entre seus componentes. Estratégia válida para minorar o problema: a existência de pequenos grupos de comunhão e trabalho e o empenho para que o maior número possível de componentes da igreja participe deles.
  5. Um problema próprio de uma igreja que se estabelece e que deseja crescer é o cumprimento de exigências legais. Mas, também, não se pode fugir desse problema – Rm 13.1-8.

III – PRINCÍPIOS BÍBLICOS SOBRE A LIDERANÇA ESPIRITUAL NAS IGREJAS
  1. Jesus atua nas igrejas através dos ministros que ele mesmo dá – Ef 4.7-16.
  2. A existência de apóstolos, bispos e diáconos mostra que, desde o princípio, existem funções de liderança no interior das igrejas – Fp 1.1; I Tm 3.1-13.
  3. Cada igreja tem um pastor principal que é chamado de “anjo da igreja” – Ap 2.1, 8, 12, 18, etc. Esse homem (ou mulher) pode ter pessoas que o auxiliem em suas lides pastorais, mas é com ele que Jesus trata diretamente sobre a saúde espiritual da igreja – Hb 13.7, 17, Ap 2 e 3.
  4. O pastor precisa estar consciente dos propósitos de Jesus Cristo para com a igreja que pastoreia e deve conduzi-la no cumprimento desses propósitos. Isso implica na elaboração (formal ou informal) de projetos e no empenho para realizá-los.

IV – ALTERNATIVAS PARA O GOVERNO E LIDERANÇA DE IGREJAS
  1. O sistema episcopal: Um colegiado (bispos, presbíteros, etc) decide em nome da congregação (exemplos: igrejas presbiterianas).
Vantagem: Mais objetividade nas tomadas de decisões.
Desvantagens: Mais susceptibilidade a erros; muitas vezes, a congregação e o pastor ficam reféns do colegiado.
  2. O sistema congregacional: A congregação, em assembleias, toma as decisões. Exemplos: igrejas congregacionais e batistas.
Desvantagens: Pouca objetividade; congregação deliberando sobre assuntos dos quais poderia ser poupada.
Vantagem: Menos susceptibilidade a erros.
  3. O sistema misto: Um colegiado delibera, decide sobre os assuntos que tenha autorização da assembleia para fazê-lo e faz sugestões com respeito aos que estejam acima de sua alçada; a assembleia toma as decisões de maior responsabilidade. Exemplo: a maioria das Assembleias de Deus.
Desvantagem: Ainda pouca objetividade na tomada de decisões.
Vantagem: Minoração das desvantagens dos dois primeiros sistemas.
  4. Outra estratégia para melhorar a objetividade e dar mais legitimidade às decisões das assembleias: segmentar o grupo de componentes da igreja em categorias, das quais uma ou mais fazem parte da assembleia e outras não.
  5. Pastorado e Presidência unificados: O pastor preside a igreja.
Desvantagem: Pastor “dividido”.
Vantagem: O pastor pode, realmente, conduzir a igreja de acordo com a visão que Deus lhe dá.
  5. Pastorado e Presidência separados: uma pessoa pastoreia a igreja e outra preside.
Vantagem: Pastor mais dedicado à pregação, ao ensinamento bíblico e à oração.
Desvantagem: Pastor muito limitado com respeito às decisões quanto à evangelização, ação social e tudo o mais que exija uma porção maior de fé.
  6. Espera-se daqueles que querem participar das decisões de uma igreja que ajam com amor, humildade, atitude de oração e lealdade – III Jo , versos 9 a 12.

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