I. Instruções práticas sobre direção de cultos
1. Procedimentos gerais
1.1 Apresentação pessoal
a. Banhe-se antes, o mais próximo possível do culto;
b. Não use perfumes e cosméticos de aromas muito fortes ou que “briguem entre si”;
c. Seja discreto no vestuário;
d. Se você é homem, cuidado com a calça apertada e com a braguilha aberta ou que se abra facilmente. Se você é do sexo feminino, tome cuidado com zíperes e botões;
e. Engraxe os sapatos;
f. Não coma muito e evite comida condimentada pouco antes do culto;
g. Ao fazer uso da palavra, não fale muito baixo, nem entre “rachando”. Não diga “eu saúdo” diga “saúdo“. Nunca diga “eu saúdo os irmãos com a Paz do Senhor e os visitantes com boa noite”.
1.2 Pontualidade, postura e prontidão.
a. Chegue meia hora antes do culto e dirija-se ao gabinete do pastor/co-pastor para orar com ele e com os demais dirigentes do culto;
b. Ao assentar-se no púlpito, mantenha uma postura adequada. Não cruze as pernas. Só fale, durante o culto, o estritamente necessário;
c. Evite bocejar, se for possível, faça-o muito discretamente;
d. Evite arrotar, a qualquer custo, mesmo que silenciosamente;
e. Concentre-se no culto. Mostre interesse pelo que os outros fizerem: testemunho, louvor, pregação, oração, etc;
f. Fique atento à aproximação de pessoas ao púlpito, à necessidade de ajustes na altura do pedestal do microfone, etc;
g. Em momentos de louvor congregacional, descontraia-se, bata palmas, quando for o caso;
h. Não se assunte do templo sem se despedir do pastor/dirigente do culto.
1.3 Conteúdo do culto
a. Todo culto deve começar e terminar com oração;
b. A bênção apostólica é impetrada apenas nos cultos mais solenes e é prerrogativa do pastor ou de seu representante;
c. Todo culto deve ter espaço para pregação, a não ser em casos muito excepcionais. A pregação deve acontecer num momento em que todos ou quase todos os participantes do culto já tiverem chegado. A pregação deve ocupar entre ¼ e 1/3 do tempo real total do culto (menos do que isso, desvaloriza o culto, mais do que isso cansa);
d. O louvor também é muito importante, mas, não deve ocupar, no total, mais do que o tempo dedicado à pregação. O ideal é que seja bem distribuído ao longo do culto. É muito bom que haja um período de louvor imediatamente antes da pregação;
e. Outras atividades comuns nos cultos: boas vindas aos visitantes, ofertório, avisos, apelo.
1.4 Direção do culto
a. Procure conhecer, antes de começar, a escala de louvor e dos auxiliares da direção do culto;
b. Faça com que as atividades do culto fluam naturalmente. Não deixe “espaços em branco” durante o culto;
c. Use o bom senso com respeito ao tempo que gasta falando entre uma atividade e outra;
d. Não fique fazendo aviso ao longo do culto para “ganhar tempo”. Jamais faça nem permita que façam aviso imediatamente antes da pregação;
e. Jamais dê a palavra a alguém que não esteja escalado, a menos que receba ordens superiores;
f. Use o bom senso também na distribuição de oportunidades para louvor. Os melhores louvores, tecnicamente, devem ser deixados para depois. Por exemplo: se damos oportunidade a um cantor inicialmente após um mais experiente, ele vai se sentir humilhado;
1.5 Louvor
Além das instruções que líderes de louvor já devem ter tido, é bom reforçar o seguinte:
a. Não se deve considerar nem tratar as canções da Harpa Cristã como se fossem inferiores às outras;
b. O repertório deve levar em conta que há no culto, pessoas jovens, pessoas de meia idade e anciãos. Em função das faixas etárias, locais de origem, níveis de instrução, etc, os gostos são variados. Todos devem se sentir bem no culto;
c. O ideal é que os primeiros hinos sejam mais ritmados e os últimos mais lentos;
d. O repertório deve incluir também os diversos tipos de conteúdo: admoestação, evangelização, ações de graças e adoração;
e. Os períodos em que a congregação louvar de pé, não podem ser muito prolongados.
1.6 Ofertório
a. A congregação precisa ser preparada para contribuir. Essa preparação não deve nem precisa demorar mais que três minutos. Utilizar um texto bíblico (Ex: II Co 9.6-8; Fp 4.15-19; II Co 8.1-5);
b. Após breve incentivo, orar pela contribuição. Não se esquecer de orar pelos desempregados e endividados;
1.7 Boas vindas aos visitantes
a. Solicitar aos que estão visitando a igreja pela primeira vez que fiquem de pé;
b. Avisar aos visitantes que eles irão receber um formulário com os nossos votos de boas-vindas. Informar que o formulário contém uma parte própria para que eles façam contato conosco, caso desejem. Podem solicitar visita, oração, etc. se for o caso, eles devem destacar a parte apropriada e entregar, devidamente preenchida, a um dos diáconos na saída do templo;
c. Convidar os diáconos para entregarem os formulários e cumprimentarem os visitantes em nome de toda a igreja.
1.8 Oração pelos necessitados
a. Chamar à frente todos os que desejam receber oração por si ou por alguém;
b. Enquanto os necessitados vêm chegando, ministrar palavras de fé, de preferência baseadas nalguma passagem bíblica;
c. Os que estão enfermos ou estiverem representando alguma pessoa enferma, devem colocar a mão à altura do peito;
d. Convidar os pastores, evangelistas, presbíteros e missionários para interceder pelos necessitados;
e. Informar aos necessitados que eles deverão retornar aos seus lugares tão logo o intercessor que o atender terminar o atendimento;
f. Orar até que todos tenham sido atendidos;
g. Cantar um corinho apropriado.
1.9 Leitura oficial
a. Selecionar o texto bíblico, de preferência de acordo com a pregação ou ensino que será dado no culto;
b. Ensaiar, ainda que mentalmente, a leitura;
c. Quando chegar o momento, solicitar à congregação que se ponha de pé;
d. Anunciar, com bastante clareza e quantas vezes for necessário, o texto que vai ser lido;
e. Se a leitura for responsiva, anunciar isso à congregação;
f. Esperar que todos localizem o texto;
g. Ler bem inteligivelmente.