Brasília, 14 de março de 1999.
Ei, minha gente, Paz do Senhor. Eu disse Paz do Senhor!
Paz, que é paz? Palavra tão pequenina e que expressa uma coisa de importância tão grande!
Contam que uma vez promoveram um concurso entre pintores para ver que ilustraria melhor o verdadeiro significado da paz. Um participante fez um quadro belíssimo em que havia um rio cristalino, de águas tranquilas, margeado de frondosas árvores em meio às quais quase se podiam ouvir o cântico dos pássaros. Sem dúvida, nenhuma era um forte concorrente a primeiro lugar. Para representar a paz, outro pintor pôs na tela uma campina florida, com borboletas multicoloridas voando ao sabor da brisa suave. Seria esse o quadro vencedor? Não. O quadro vencedor foi aquele que representava o mar furioso, com ondas impetuosas a combater os rochedos. O que a imaginação deixava perceber era o ruído das ondas e o impacto delas nas rochas. O detalhe marcante era um ninho, situado acima das ondas onde uma ave repousava tranquilamente. A paz reinante no ninho não era abalada pela fúria das ondas.
Quando folheio as Escrituras em busca de trechos que falem de paz, sempre sou tocado por Colossenses 4, versos 6 e 7: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplicas, com ações de graças. E a Paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”.
Queridos, existe a Paz de Deus. Ela é diferente de todas as outras. Ela excede a todo o entendimento. É aquela paz que domina o nosso coração, mesmo quando estamos em plena guerra. Guerra por fora, paz por dentro. Dá pra entender? Não dá, ela excede todo o entendimento.
Essa paz de Deus não é passiva. Ela trabalha em nós. Diz o texto bíblico que ela guarda nossos corações e os nossos sentimentos. Surgem coisas para nos perturbarem, mas não conseguem nos abalar porque a paz guarda os nossos corações e os nossos sentimentos. Ela é forte que até nos protege. Aí a perturbação se vai e paz continua.
Já vimos a singularidade da Paz de Deus e os seus efeitos, mas qual é a origem desta paz? É o levar ao Senhor tudo o que nos pode causar inquietude. É o apresentar tudo o que nos pode causar inquietude. É o apresentar tudo em oração e súplicas, com ações de graças. É orar, suplicar, mas sem esquecer-se de dar graças. Amigo, às vezes gastamos tanto tempo nos lamentando, reclamando dos outros, gastamos tanto tempo com advogado, psicanalista, político, porém tão pouco tempo com Deus. Às vezes não temos tempo nenhum para falar com Deus. Por favor, pare um pouco. A Palavra de Deus diz no final do versículo 7 do capítulo 30 de Isaías: “No estarem quietos estará a sua força”. Calma. Quando você não souber o que fazer, não faça nada, só ore. Qualquer decisão agora, antes de falar com Deus, pode ser precipitada; pode atrapalhar tudo.
Não se esqueça: orar com ações de graças. Agradecer o quê? Os livramentos que o Senhor já lhe deu no passado. Que livramentos? Está vendo? É necessário lembrar-se. Quantas vezes o nosso bom Deus já lhe socorreu e você nem se lembra mais. E qual a importância disso? O mesmo Deus que te livrou nas outras vezes vai livrar você outra vez. Você já sabe o poder que Ele tem.
Agradecer o que mais? O livramento que Deus vai te dar agora. Comece a agradecer, pela fé. Fé é isso: é receber por antecipação. Comece a louvar, a agradecer. Muita gente boa já fez isso e deu certo. Vai dar certo com você também. A Paz de Deus, que excede a todo o entendimento vai guardar o seu coração e os seus sentimentos em nosso Senhor Jesus Cristo.