plv0150

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Brasília, 30 de julho de 1995.

  Somos contra ou a favor da “teoria da prosperidade”?
  Somos a favor de que se ensine que a salvação provida por Jesus traz a bênção de Deus para todas as áreas de nossa vida, inclusive para a área financeira. A bênção financeira é, portanto, consequência da salvação.
Somos contra a ênfase exagerada nas bênçãos financeiras, de forma que elas passam a ser o objetivo principal da salvação para muitas pessoas. Há, hoje em dia, muitas igrejas que estão repletas de pessoas que estão ali simplesmente porque querem ter seus problemas financeiros resolvidos ou porque querem ficar ricas e nada mais. Jesus pergunta: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?” (Mt 16.26).
  Somos a favor de que os líderes, movidos por um amor sincero para com seus liderados, procurem despertar neles a fé, tanto em relação às coisas de valor eterno, como em relação às de valor temporal.
  Somos contra os líderes do tipo que a Bíblia chama de amantes de si mesmos (II Tm 3.2), “cujo deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas” (Fp 3.19). Só falam no dinheiro porque só pensam no dinheiro. A prosperidade que lhe interessa, na verdade, é a prosperidade deles mesmos. Por isso arrancam tudo que podem dos incautos.
Somos a favor de se confiar nas promessas de deus, contidas na Bíblia Sagrada. Obedecer ao Senhor e confiar n’Ele, conforme está escrito em Ml 3.10.
  Somos contra uma atitude que está mais para chantagear ao Senhor do que demonstrar confiança n’Ele. Uma atitude que mais se enquadra na área das negociatas do tipo “uma vez que eu fiz o que penso ser a vontade de Deus, agora Ele tem que fazer o que eu quero”. Uma atitude que inverte os papéis: Deus passa a ser o servo e o homem passa a ser o senhor.
  Somos a favor de se “anunciar todo o conselho de Deus” à igreja, tal como mencionado em At 20.27. Não deixe de enfatizar nenhum aspecto da vida cristã. Não se deixe esquecida nenhuma doutrina importante.
  Somos contra torcer as Escrituras para fazer com que elas se acomodem àquilo que pensamos. Nós é que temos de nos acomodar à Bíblia e não o contrário. Coisas do tipo: “Jó sofreu porque não era dizimista”; “Paulo sofreu porque era ignorante acerca de coisas importantes da vida cristã”, etc, enquadram-se perfeitamente no que o apóstolo Pedro chama de “torcer as Escrituras” (II Pe 3.16).
  Somos a favor de se ensinar aos salvos por Jesus quais são os seus privilégios.
  Somos contra omitir, por ignorância ou má fé, os ensinos acerca dos deveres dos servos do Senhor Jesus.
  Somos a favor de se ensinar aos cristãos que somos mais do que vencedores.
  Somos contra o esquecimento de que pra vencer é necessário lutar. Não há um só herói da fé, entre todos os mencionados na Bíblia Sagrada, que não tenha tido lutas. Eles foram heróis justamente porque lutaram e venceram. Nosso exemplo maior é o de Jesus, que, antes de receber um nome que está acima de todo o nome, aniquilou-se a si mesmo, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte de cruz. (Fp 2.5-9).
  Somos a favor da doutrina da prosperidade…da prosperidade em todas as áreas da vida cristã e não apenas na área financeira, que, com certeza, não é a mais importante. O mais importante, o Senhor Jesus já disse, e está registrado em Mt 6.33:

“Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

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