Brasília, 18 de novembro de 1990.
Olhando ao nosso redor podemos contemplar crentes que são fontes de inspiração e de incentivo. Há crentes que são como Sansão, verdadeiros campeões espirituais. Há crentes que impressionam pela constância, entra ano e sai ano e eles estão ali, firmes “como o monte de Sião”. Esses se parecem com a Ana de Lucas, capítulo 2, verso 36 a 38. Há irmãos que são como Jó: sofrem calados, são incompreendidos, mas estão sempre esperando o Redentor que vive.
Há uma característica comum a todos os crentes fortes, firmes, perseverantes e triunfantes: são pessoas que oram. Uns têm uma vida de oração notável, outros oram muito discretamente, mas todos oram. Não existe vida vitoriosa, vida abundante, sem oração.
Orar é uma questão de vontade, preparo e prática. Claro que tudo tem que estar respaldado por um amor sincero a Deus. Agora, o amor a Deus tem que ser nutrido, zelado. E nada melhor do que a oração, um contato especial com Deus, para fortalecer o nosso amor por Ele.
Dizemos que orar é uma questão de vontade, mas não necessariamente que nossa carne deva ter prazer nisso. O que estamos dizendo é que o crente deve querer orar. Se alguém gosta de tomar refrigerante, mas não quer tomar refrigerante agora, é melhor não insistir para que tome. Mas se outro não gosta de tomar injeção, mas, por alguma razão, quer que lhe apliquem uma, então é bem provável que tenha seu desejo satisfeito.
Além de ter vontade é preciso preparar-se para orar. Sim, é preciso escolher o local, o horário e cuidar para que nada nos impeça de estar naquele local no horário que escolhemos e que nada nos interrompa. Isso está implícito nas palavras de Jesus: “entra no teu aposento” (Mt 6.6).